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Segurança, Defesa e Geopolítica

Marinha incorpora o submarino “Humaitá”, mas frota ainda é insuficiente para a defesa nacional.

Imagem: Agência Marinha de Notícias

A Marinha do Brasil incorporou à sua esquadra, no dia 12 de janeiro, o submarino “S-41.Humaitá”.

O submarino é a quarta embarcação do programa, sendo a segunda totalmente construída no porto de Itaguaí, Rio de Janeiro, no âmbito do PROSUB, o programa de submarinos da Marinha. Com um orçamento de R$ 40 bilhões o programa tem como meta final prover a Marinha com um submarino movido à propulsão nuclear, cuja entrega está prevista para depois de 2030.

“O Submarino ‘Humaitá’ é um importante meio naval que consolida um feito de absorção tecnológica e conhecimento de valor estratégico – está pronto para atuar, de forma plena, em prol da soberania nacional”, afirmou o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Almirante de Esquadra André Luiz Silva Lima de Santana Mendes à Agência Marinha de Notícias.

A frota de submarinos, entretanto, ainda é largamente insuficiente para a missão de defesa da chamada Amazônia Azul, uma expressão cunhada pela própria Marinha para significar a área de mais de 5,7 milhões de quilômetros quadrados de área marítima sob sua jurisdição e por onde trafegam mais de 95% do comércio exterior brasileiro e onde também está localizada a quase totalidade da produção de petróleo do país.

Novo mapa do Brasil deve considerar a Amazônia Azul. Imagem: Agência Marinha de Notícia

“É muito pouco” afirma o Comandante Leonardo Matos no canal Conexão Geo, em sua análise semanal da geopolítica mundial. “Só para só para vocês terem ideia, o Japão tem 22 submarinos convencionais, a Coreia do Sul tem 20, a Turquia tem 12 e a Grécia tem 11. O Brasil não pode se contentar apenas com quatro submarinos novos. O Brasil tem que prosseguir a construção dos submarinos da classe Riachuelo para no mínimo oito a 10 submarinos, considerando o tamanho do nosso litoral.”