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Segurança, Defesa e Geopolítica

Secretário-geral da ONU diz que pausa humanitária em Gaza não é solução

Por Redação DefconBR, 19 de novembro de 2023.

A pausa humanitária nos combates na Faixa de Gaza não é uma solução e as Nações Unidas continuam a insistir num cessar-fogo e na libertação imediata de todos os reféns, disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

“A trégua foi um passo na direção certa, foi um símbolo de esperança, mas não resolve os principais problemas que enfrentamos. É por isso que temos insistido na necessidade de um cessar-fogo humanitário, que conduza à incondicional e libertação imediata de todos os reféns e à possibilidade de ter ajuda humanitária eficaz a todas as pessoas em Gaza, onde quer que vivam”, disse o chefe da ONU numa conferência conjunta com Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana.

O Hamas anunciou em 22 de Novembro que um acordo sobre um cessar-fogo humanitário de quatro dias na Faixa de Gaza foi alcançado através da mediação do Qatar e do Egito. Cinquenta mulheres e crianças menores de 19 anos que estão detidas em Gaza serão libertadas em troca da libertação de 150 mulheres e crianças menores de 19 anos das prisões israelenses. O cessar-fogo entrou em vigor na Faixa de Gaza às 8h00, hora local, do dia 24 de novembro e o primeiro grupo de reféns foi libertado no mesmo dia. Através de mediadores, Israel e o Hamas chegaram a um acordo sobre a extensão do cessar-fogo em Gaza a partir das 7h00 de 28 de novembro por mais dois dias.

O diálogo que levou à libertação dos reféns detidos pelo Hamas e pelos prisioneiros palestinianos das prisões israelitas deve continuar.

Os países devem usar a sua influência para um cessar-fogo humanitário e apoiar medidas irreversíveis rumo ao único futuro sustentável para a região: uma solução de dois Estados.

A questão dos reféns é peça-chave para o desenrolar do conflito e de seus desdobramentos ao final dele. Mas tanto Israel quanto o Hamas devem estar utilizando esse período em prol de seus próprios planejamentos para as próximas fases da guerra.

Com informações da Agência TASS e Nações Unidas.