Um novo “Guerra nas Estrelas”? Arma espacial russa de destruição em massa força manifestação da Casa Branca.
Por redação DefconBR, 14 de fevereiro de 2024.
Vladmir Putin ainda não tinha começado a chefiar o Departamento de Fronteiras da KGB na antiga Alemanha Oriental quando Ronald Reagan lançou o programa Guerra as Estrelas em 1983. O programa, cujo nome oficial era Iniciativa Estratégica de Defesa, consistia em um conjunto de radares, mísseis antibalísticos e uma rede de satélites ligada a armas de energia dirigida que permitiria a destruição dos mísseis soviéticos ainda durante sua trajetória. O programa Guerra nas Estrelas foi um movimento estratégico que convenceu a União Soviética a dispender seus escassos recursos orçamentários em uma nova corrida espacial, o que acabou por acelerar a ruína e o fim do regime soviético.
Quarenta anos depois, Putin dá o troco e uma suposta capacidade militar russa ligada ao espaço se tornou tema de embate entre o Presidente do Comitê de Inteligência da Câmara e a Casa Branca.
Com a Rússia em posição consolidada na Ucrânia, com a economia russa sobrevivendo às sanções internacionais e apresentando crescimento apesar da guerra, e com os Estados Unidos enfrentado uma crise federalista no Texas, dispendendo recursos para apoiar militarmente a Ucrânia, posicionando parte da frota no Mar Vermelho em apoio a Israel, com uma crise de fronteiras entre Venezuela e Equador como pano de fundo para a questão da extração de petróleo na costa da Guiana, além do permanente jogo de gato e rato com a China no Pacífico, o anúncio de uma nova arma russa com potencial de destruição em massa caiu, com perdão do trocadilho, como uma bomba em Washington.
O Presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Turner, está solicitando ao Presidente Biden que desclassifique as informações relacionadas a uma possível grave ameaça à segurança nacional. O assunto veio à público através do site politico.com que publicou declaração de Turner:
“Estou requerendo que o Presidente Biden desclassifique toda informação relativa a essa ameaça para que o Congresso, a Administração e nossos aliados possam discutir as ações necessárias para responder a essa ameaça.”
O requerimento deixou em situação difícil o conselheiro de segurança nacional da casa Branca, Jake Sullivan, que declarou à imprensa não estar em posição de afirmar se a população deveria ou não ficar alarmada quanto à suposta ameaça.
Uma reunião foi marcada para a próxima quinta feira entre a Casa Branca e o Comitê, quando se esperam maiores esclarecimentos.