Cresce a tensão no Oriente após a morte de militares americanos.

É grande a expectativa no cenário internacional quanto à reação dos Estados Unidos contra o grupo pró-Irã que atacou com drones a base americana Tower 22, na Jordânia, próxima a fronteira com a Síria, matando três militares e ferindo dezenas.

O atentado foi reivindicado pela Resistência Islâmica, uma milícia com ligações com o Irã e o presidente Biden já se reuniu ontem com seus assessores de segurança nacional para analisar a situação.

Embora o presidente Biden não deseje se enfiar em um novo atoleiro às vésperas da eleição presidencial, é improvável que os Estados Unidos não façam uso da força. O mais provável é que posições das milicias pro-Irã dentro da Síria, a própria Resistência Islâmica no Iraque ou um alvo dentro do próprio Irã sofram a retaliação militar.

Para o geopolítico internacionalista Golbery Neto , diante das evidências de que os ataques são claramente ações de guerra por procuração, os Estados Unidos não tem opção e deverão decidir nos próximos dias se ampliam o conflito na região, envolvendo diretamente o Irã, ou se continuam nessa espécie de guerra sínica.

No entorno do Oriente próximo, continuam as ações de Israel contra a faixa de Gaza e as ações do Houtis no Mar Vermelho e Canal de Suez o que é um indicativo de que a situação não deve desescalar.

Imagem de capa: William Garrison, 2023.