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Segurança, Defesa e Geopolítica

Operação Yanomami: Forças Armadas empregam 15 aeronaves e cerca de 500 militares

Por Isabela Nóbrega e Suellen Siqueira, ASCOM/MD.

Brasília (DF), 14/02/2023 – As Forças Armadas estão mobilizando, atualmente, 15 aeronaves e cerca de 500 militares no atendimento emergencial aos Yanomamis e no enfrentamento ao garimpo ilegal em Roraima. A ação dos militares na região, por meio do Comando Operacional Conjunto Amazônia, tem auxiliado o trabalho integrado da força-tarefa mobilizada pelo Governo Federal. Até o momento, já foram transportadas 105 toneladas de mantimentos, medicamentos e materiais para o atendimento aos Yanomamis e realizadas 648 horas de voo.

O Comandante responsável pela Operação, Major-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, enfatiza o papel da Defesa na força-tarefa em apoio aos indígenas: “O mais importante é que as Forças Armadas estão sendo empregadas aqui para dar o apoio aéreo logístico e apoio de inteligência para os diversos órgãos governamentais que estão atuando na área. As demandas são solicitadas ao Ministério da Defesa, que nos repassa, e nós coordenamos com eles a melhor forma desse atendimento”, explicou.

No hospital de campanha, montado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e em funcionamento desde o dia 27 de janeiro, equipes multidisciplinares realizaram 1.268 atendimentos. Os militares participaram, também, no transporte aéreo de indígenas para procedimentos médicos de maior urgência na capital, Boa Vista.

Logística – Na corrida contra o tempo, em meio às dificuldades de acesso à região, Exército e Aeronáutica trabalham a logística de transporte de alimentos e medicamentos. Com o uso de paraquedas, os materiais são lançados em Surucucu e transportados até os Yanomamis por helicóptero, único veículo que consegue chegar ao território, além de aeronaves de pequeno porte.

Para melhorar o acesso à região e garantir o pouso de aeronaves maiores, os militares trabalham na recuperação da pista de pouso do 4º Pelotão Especial de Fronteira do Exército, localizada em Surucucu. Cerca de 36 toneladas de equipamentos e materiais de reparo já foram enviadas. A reforma ocorre no período da manhã e da noite. À tarde, a prioridade é para aviões que transportam pacientes e mantimentos.

Na área da segurança, a FAB prorrogou a abertura parcial do espaço aéreo da região norte até o dia 6 de maio. O objetivo é que as pessoas não indígenas possam sair de maneira coordenada e espontânea das áreas de garimpo ilegal.