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Soldado Nascimento: Pelé e o Exército Brasileiro

Por Redação DefconBR, em 30 de dezembro de 2022.

O Rei do Futebol e veterano do Exército Brasileiro Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, faleceu nesta quinta-feira, dia 29 de dezembro, aos 82 anos, em decorrência de complicações de um câncer no cólon.

O Soldado Nascimento (Nr 201) incorporou às fileiras do Exército Brasileiro em 20 de janeiro de 1959, no 6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (6º GACosM), localizado em Santos, hoje 2º Grupo de Artilharia Antiaérea (2º GAAAe) e atualmente situado em Praia Grande (SP).

Durante sua passagem pelo Exército, já campeão Mundial de Futebol na Copa do Mundo de 1958, conquistou o Campeonato Sul-americano de Futebol das Forças Armadas, marcando o gol decisivo no jogo final contra a Seleção Militar da Argentina (Brasil 2 x 1 Argentina).

Enquanto atuou pela equipe do Exército, o Rei marcou 14 gols em 10 partidas, de acordo com o Centro de Memória e Estatística do Santos Futebol Clube. O saldo de gols ao longo de sua carreira foi de 1.282.

Em entrevista à Revista Verde-Oliva em 2006, Pelé disse que a disciplina e o respeito ao próximo foram os principais ensinamentos que obteve na caserna. “Eu me orgulho muito, porque serviu de base para minha formação e meu caráter. Acho que todos os jovens deveriam passar pelo Exército”, afirmou à época.

O Rei também contou que aprendeu a costurar, cozinhar, lavar e passar roupas durante o serviço militar. “Quando voltei da Copa do Mundo da Suécia (1958), tirava serviço de sentinela no portão do quartel em Santos (SP) e todo mundo que passava queria cumprimentar o Pelé, campeão do mundo, e pedir autógrafos. Eu morria de vergonha e levava bronca do sargento”, relatou.

Texto: Equipe de Comunicação Social do Comando Militar do Sudeste

Foto: Arquivo pessoal.


Um depoimento autobiográfico sincero, pontuado por mais de 70 imagens, entre raras e inéditas: o livro Pelé – minha vida em imagens condensa a narrativa mítica do garoto franzino de Três Corações que se transformou no maior jogador de futebol de todos os tempos. Em formato de scrapbook, o volume traz uma série de itens de colecionador que podem ser destacados e guardados pelo leitor, como ingressos dos principais jogos, o cartaz da Copa do Mundo de 1958, recortes de jornais da época e até um ofício da Casa Branca que trata da visita de Pelé ao presidente Nixon. As imagens são um espetáculo à parte e retratam lances memoráveis do jogador: a sequência do gol de número 1.000, o retrato de Pelé feito por Andy Warhol e o abraço no amigo Muhammad Ali na cerimônia de sua despedida definitiva do futebol. A edição traz ainda um apêndice que elenca todos os gols que Pelé marcou no decorrer da carreira, divididos por ano, data, time e adversário. Recados da bola – Com Recados da bola – Depoimentos de doze mestres do futebol brasileiro, a Cosac Naify apresenta ao leitor relatos preciosos de alguns dos maiores craques que fizeram a história do futebol brasileiro. Luiz Fernando Veríssiomo, que assina a apresentação daedição, diz: “Em Recados da bola estão as histórias de bastidores que ninguém conhecia, as histórias pessoais que ninguém desconfiava, personalidades surpreendentes, tipos inesquecíveis – um mundo inteiro a ser desconberto, além da bola e seus caprichos” . Emoldurado por dois grandes traumas nacionais, as derrotas nas Copas de 1950 e 1982, o volume traz conversas com: Sócrates, Rivellino, o goleiro Barbosa, Didi, Zito, Nilton Santos, Djalma Santos, Zizinho, Jair Rosa Pinto, Ademir Menezes, Domingos da Guia e Bellini.